Será que o jogo já devia ter acabado?

Squid Game (T3)

Revisado por J.
20 de Julho, 2025

Aspeto Social

Sendo uma série chocante pela sua violência extrema, tinha gostado bastante das duas primeiras temporadas porque havia uma parte moral - e no final, era impossível não se sentir mal com o que se via.

Com esta terceira temporada, começa-se a questionar se essa violência já não foi normalizada. 😵‍💫 Parece que agora já ninguém estranha. E sinceramente, acho que não devíamos banalizar a violência, tendo em conta tudo o que se passa hoje com a "desumanização" da sociedade.

Além disso, tiveram a oportunidade - com esta temporada ou a seguinte - de encerrar a história e levar o conceito até ao fim. Talvez até um fim "feliz", que para mim seria o desmantelamento daquela organização. Mas seguiram o caminho tipico da Netflix: apostar mais no marketing e tentar agradar toda a gente.

Até aqui, falava de um público adulto. Mas há outro ponto que me preocupa: muitos pais deixam os filhos ver esta série. E a culpa não é da Netflix nem da série em si - é dos próprios pais. Acho mesmo que muitos não têm noção das consequências que isto pode ter numa criança.

Estamos a falar de assassinatos, sequestros, suicídios… Não sou a favor de proteger as crianças de tudo e mais alguma coisa, mas neste caso é demais.

A Série

No geral, gostei das personagens e das histórias paralelas que foram introduzidas ao longo da trama principal - como o par mãe/filho, a rapariga com a criança e o 'pai', os junkies com o Min Su e companhia.

Se calhar teria gostado de ver mais desenvolvimento das histórias deles - isso teria criado uma ligação mais forte com as personagens e com o que estão a viver naquela ilha.

Não sei se já viste Breaking Bad, mas as sequências em que fazem a votação fizeram-me lembrar essa série. Um ritmo lento 😄 - às vezes passamos quase um episódio inteiro só a ver cento e tal pessoas a votar.

Conclusão

Eu gostei da série em si, do ponto de vista artístico - tem um conceito muito fora do comum. Uma série no mesmo estilo que gosto muito e aconselho é Alice in Borderland, uma produção japonesa que também levanta questões do género. A nova (última?) temporada deve sair este ano, por isso estou curioso para ver.